Já foi cocaína. A ilusão de ser a maior do mundo, capaz de tudo até de levitar. Já foi o coração a parar de bater na ausência de uma dose ou por um risco a mais. Overdoses infinitas e incontáveis. Festas glamourosas e pose de dona do mundo. Espreitar o abismo e acreditar que nunca se ia cair, nem bater com os pés no chão sequer.
Mas também já foi alcoolismo. Deprimente. Recupera, cai a seguir e bebe mais um copo. Só mais um copo, dêem-me só mais um, eu juro que é o ultimo. Já foram sessões de terapia e alcoólicos anónimos. Crachás de 3 semanas deitados para o lixo. Rasteja, implora, bebe do frasco do perfume. Só mais uma gota. Não aguento. Digo que sim, mas não aguento.
Agora são 2 cigarros por dia. Nem isso, há um ano e meio que deixei de fumar. Estou nervosa e mereço um cigarro, fumo um hoje, não me lembro do ultimo e não faço ideia quando fumarei o a seguir. Talvez daqui a um mês ou dois. Se estrangular compro um maço, único e solitário. Voltei a fumar. Acabo com ele e não compro mais. Hoje custa, amanha penso umas vezes sobre o assunto, daqui a dois dias nem me lembro que vacilei.
Não vou morrer outra vez.
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