27 Dezembro 2002
Saí do táxi às 4h da manha, porque queria continuar a dar beijinhos. Estava simplesmente demasiado apaixonada para dar a noite por terminada. Demasiado, for my own good!
Assim que perguntei no elevador "os teus pais não se importam que eu vá para tua casa a esta hora?" e a resposta foi um olhar incrédulo e um "os meus pais não estão em casa", eu devia ter percebido que estava 10 passos atrás (em tudo!), do que a pessoa ao meu lado no elevador. Mas não, tinha 18 anos acabados de fazer e achava que era tão sabidona!
E nada me deu qualquer pista que não estava ali só para dar beijinhos, nada. Nem ele. Nem a música, nem o escuro do quarto, nem ele em tronco nu, nada. Eu estava na minha bolha de ingenuidade, perdida de louca por aquele miúdo, a achar-me o máximo (totalmente vestida!).
Hoje voltei a ouvir a música daquele dia (estava na soundtrack do ginásio) e o meu primeiro pensamento foi "isto é música para fazer bebés devagarinho". E repeti aquela noite na minha cabeça.
Podia ter corrido tão tão mal. E só não correu, porque era ele! Em nenhuma altura ele desfez a pose, me fez sentir que esperava alguma coisa mais do que o que eu estava a dar ou que eu devia saber porque é que ali estava. Na realidade eu não sabia, mesmo! Não senti medo, não fui cobrada de nada e só tenho memorias boas daquela noite. Entrei, dei beijinhos (montes deles), comi e fui-me embora para casa já depois do raiar do dia. Virgem, tal como tinha entrado.
Como é que não percebi? Não sei. E podia dizer aqui que era porque era muito jovem, e tal...mas não, 4 anos depois voltei a cometer o mesmo erro de julgamento. Só que desta vez não foi com ele! Não é uma historia querida, não estava apaixonada, mas também não acabou mal. É uma história cómica, mas tinha potencial para ter acabado muito mal.
Essa fica para uma outra vez. Sai virgem na mesma, mas percebi bem que era suposto ter ido fazer uma coisa que, na realidade, estava longe de querer fazer. Portanto aparentes "sim" podem muito claramente ser "não". Por mais que seja difícil a quem está de fora acreditar.
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