2012 foi mais um ano para agradecer. E sinto-me cada vez mais grata por tudo e em especial pelas opções, pela felicidade que mantemos, pela vida que muda mas mesmo assim mantêm os pilares base.
2012 foi o ano em que o meu mundo acabou como eu conhecia. Tudo o que sempre soube existir, e que achei existiria para sempre, fazendo eu um dia parte disso, acabou e não voltará. Refizemos-nos, e vamos aos poucos recuperando do golpe que foi duro, financeira e emocionalmente.
2012 foi um ano de trabalho. Foi o ano em que deixei de saber o que é preguiça e que ficar sem fazer nada me começou a parecer completamente impossível. Vida só há uma, e perder um dia em frente a um ecrã ou a preguiçar na cama deixou de ser possível.
2012 foi o ano, de todos os que me lembro, em que mais cresci. Foi o ano em que passei a sentir-me uma mulher, com tudo o que isso tem de bom e mau, e deixei finalmente de me sentir uma adolescente tardia e desadequada de tudo.
2012 foi transformação pessoal, foi saber como sou, porque sou e onde é que estão os problemas. Foi trabalhar nesses problemas até ao tutano, mexer e remexer, fazer doer e tirar a porcaria até as feridas ficarem limpas. Ainda não acabou, mas a parte pior está feita.
2012 foi o ano em que acabou o amor. Ou a noção que eu tinha de amor. Aqueles sentimentos todos que anunciei aqui que nunca iriam acabar, acabaram e deixaram pouco, muito menos do que achei possível. Do amor ficou apenas a sensação de não querer repetir nunca mais uma coisa semelhante, ficou a dor que senti, e ficaram claro alguns momentos bons e a certeza absoluta que não senti nada sozinha.
2012 foi o ano em que fiz aquilo que jurei desde sempre que nunca iria fazer. Durante anos e anos assegurei que nunca iria ser essa pessoa, que nunca iria cometer esse erro, e fiz, e fiz, e fiz ainda mais. E não me arrependo. Não foi bonito, não foi bem feito, mas não me arrependo de nada. Arrependimento é total perda de tempo para aquilo que me fez sentir durante aquele curto espaço de tempo.
2012 foi o ano em que fui a China. Com tudo o que a China significou.
2012 foi o ano em que entrei num relacionamento sério. Ainda não sei bem como é que isto se faz, ainda nado às aranhas muitas vezes, e faço muita coisa errada, mas estou a gostar muito da experiência.
2012 foi o ano em que exigi o que tinha direito, e foi também o ano em que não me deram, e em que ainda fizeram pior por cima por insegurança, medo, incompetência entre outras coisas. Dado isso, 2012 foi o ano em que aprendi a jogar o passive-agressive, em que me deixei de importar com coisas que me foram tão extremamente importantes once e que me passei a importar comigo e comigo only.
2012 foi o ano em que comecei a fazer as pazes com o passado em geral e com a minha mãe em particular.
2012 foi novamente um ano em que pessoas que eu gosto perderam alguém muito querido. De uma forma brutal e praticamente incompreensível.
2012 foi o ano da tranquilidade, da paz de espírito, da serenidade.
2012 foi o ano em que mudei para cinto castanho.
2012 foi o ano de adquirir conhecimentos. Sei oficialmente falar sobre quase todos os assuntos (uns melhores que outros claro!), sei ir buscar informação onde ela é precisa, sei perceber coisas que eram chinês para mim, sei o que quero do futuro, sei como vou fazer para lá chegar e agora só me falta percorrer o caminho. Os dados estão lançados.
Volto a reiterar...2012 foi um ano para agradecer. Tudo e todos, e a mim, por ser como sou, por não desistir, por continuar a melhorar e a resistir a tudo.
E em 2013?
Este ano ao contrario dos outros não vou pedir nada para 2013. Simplesmente porque vou lutar por tudo. Com fé, com determinação, com vontade e sem desistir. As perspectivas de mudança são boas, não há nada pior que um ano em que nada muda, e este vai ser (ou é meu desejo que seja), radical.
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