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Por mais que eu mude, e Deus sabe que o ultimo ano tem sido uma revolução nesse aspecto (alias acabei de ler o que escrevi em Dezembro do ano passado e...enfim...), há coisas em mim que não mudam. O meu sentido de prioridade é uma delas.
Ontem o meu primo fazia anos, o meu pai perguntou se queria ir almoçar. Sabia que tinha o trabalho para acabar, que aquelas horas me iam atrasar tudo. Bolas, mas o meu primo fazia anos, está em Singapura, ia-mos reunir todos por Skype. Pensei que se lixe, claro que vou, são 2h pensei.
Passados 30min o meu pai liga-me. E se trouxesses a avó? Penso para mim que tenho que a ir buscar e levar, obviamente subir para a ajudar a descer, e acrescento pelo menos mais 1h mental a todo o programa. Penso que vou tirar essas 3h ao meu sono, que não me quero deitar sem acabar o trabalho. Penso que sou eu que sou assim, e que se não for eu a ir busca-la ela não fala com o neto no dia dos anos dele, que não tem acesso ao skype e mesmo que tivesse não saberia po-lo a funcionar. Paciência. Claro que vou buscar a avó.
Na realidade foram 4h, o meu primo atrasou-se, não comecei a fazer o trabalho antes das 17h. Fiquei até ás 3h da manha a trabalhar. Mas paciência, há prioridades na vida.

Quando cheguei a casa, preocupada por ser tão tarde, por haver pessoas que já acabaram e eu estar tão atrasada a minha mãe ligou. Disse que não ia lá, que não podia, que não ia ver o meu irmão (que precisa tanto de mim) este fim de semana. Pus-me a mim a frente. E tentei convencer-me que era o melhor.
Acordei mal disposta. E estive mal disposta até agora lhe ligar e dizer que o ia buscar para jantar. Levei com um "simmmmmmm" gritado do outro lado, juntamente com um "mana tenho tantas saudades tuas".
E sim, tenho que estudar para o exame da semana que vem, e sim, estou atrasada que farta nessa matéria  não percebo bolha daquilo e é matemática que ferve.
How cares? É o meu irmão. São escolhas.