Eu tinha o meu inferno pessoal. Tinha! Se tinha! Olhando para trás nem sei como é que conseguia gerir o workflow de sentimentos contraditórios que me assolavam continuamente. A ansiedade, o medo, a paixão, o ódio, carinho, intimidade... Tudo ao mesmo tempo, tudo em separado, tudo que fazia parte de um grande tudo, que não era nada. Vá-se perceber o ser humano! Vá-se perceber quem faça isto por vontade (eu fi-lo de cara alegre e de alguma maneira semi-consciente do que estava a fazer). Loucos todos.
O problema quando encontramos novamente o ponto de equilíbrio é que a alegria com que acordamos todos os dias é quase simétrica ao sentimento de parcial indiferença. Não há drama, não há paixão, não há realmente sentimento nenhum em especial que nos faça tremer de excitamento, pular de alegria ou chorar com vontade. Este ponto de equilíbrio que eu, honestamente e do fundo do meu ser, achei perdido, voltou para mim, juntamente com os dias solarengos de Inverno. E os dias passam calmos e pacatos, e nada altera significativamente este meu estado quase celestial. Tenho vivido numa constante bolha solitária...e gosto! Ao mínimo ameaço de confronto, drama, sentimentos no geral, encaracolo-me como um ouriço e espero que a tempestade passe...
A questão dos pontos de equilíbrio é a falta de incentivo à mudança... gosto honestamente do P*, não quero sequer tocar nele.
How do porcupines mate? Old joke! Very carefully.
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