Talvez seja eu.
Talvez seja eu que finalmente voltei à tona. Voltei a sentir-me eu. Talvez seja esta vontade de só fazer o que quero e perceber que, na realidade, posso exactamente fazer só isso, e damn para quem não gostar.
Ou talvez seja o medo que diminuiu, juntamente com o buraco que tinha no meio do peito desde que o meu pai morreu. Houve uma certa altura que percebi isso, que o meu pai não estar aqui era um momento de viragem...demorou só mais de 3 anos até as peças caírem no chão.
Medo de estar sozinha, medo de não ter o meu pilar, medo de perder as pessoas que amo...o medo reduziu tanto que praticamente não o vejo. E sem medo, o mundo é todo uma grande festa! Sem medo não há uma pinga de dependência, há só esta certeza absoluta que venha o que vier eu resolverei na hora, o melhor possível. Porque sempre assim foi e sempre assim será.
E agora há esta vontade...uma vontade irremediável de ser eu. Uma vontade de rir por detrás do meu batom vermelho, um brilhozinho nos olhos, um querer tudo o que mereço e mais, e só e apenas mais...
Ponho a linha no chão; Limites! Limites a tudo o que não quero, não reconheço e não aceito. Limites. Que palavras tão maravilhosa que existe quando não há medo. E não vou fazer esforço. Cansei-me de acomodar os outros, de me calar para não me chatear, de usar as crianças como escudo para a minha própria cobardia... No more.
E ainda estou a descobrir tudo o que está para vir. Juro que a ansiedade só pode ser bom sinal...pois ela continua fresca e fofa. Parece que nada muda, e de repente. Mudou tudo.
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