domingo, 26 de fevereiro de 2023

Semana 7 e 8 de 52

Foram, como é natural, as semanas difíceis de Fevereiro.

A primeira foi atolada em trabalho, depois do fecho do trimestre vem o fecho do ano ao mesmo tempo que fecho Janeiro. Se o meu trabalho fosse fácil, qualquer pessoa o conseguia fazer! 

Nem sei bem como é que a semana se passou, trabalhei todos os dias até às tantas, tive a minha review do ano, fartei-me de delegar e ensinar coisas e claro, mantive está casa à tona de água e os meninos felizes (#1 prio ever). A babysitter aos fins de semana continua do

A segunda semana foi a semana em que fez 3 anos desde que o meu pai morreu e em que ele faria 70 anos. 

Acho que all and all o primeiro embate até correu bem. Decidi começar o dia no ginásio a correr, sauna e meditar. Ir trabalhar em low pace… nem percebi quão perdida emocionalmente estive até ao final do dia, quando me ligaram a dizer que tinha deixado a carteira na creche da C….o dia inteiro! E dois dias depois percebi que tinha deixado o saco do ginásio no cacifo e la ficou 4 dias. Mas não foi mau, em comparação ao ano passado.

O dia dos 70 anos do meu pai foi diferente. Que é mesmo que dizer que apanhei um avião para passar 24h em casa com as minhas irmãs e mãe. Deitamos conversa fora, fizemos máscaras nos pés, vimos filmes da Disney, comemos bolo e jantamos fora… celebramos os anos do meu pai. 

No dia que voltei de Lisboa tive um evento de equipa. E como sempre aqui na Holanda, eventos de equipa significam desporto. Neste caso paddle! Gostei, desporto bem divertido seguido de jantar de equipa e umas boas risadas.

Claro que depois de puxar o meu corpo ao limite durante 2 dias, passei 2 dias a recuperar. Fim de semana calmo, sem ajuda mas com uma massagem que valeu por duas ou três.


Continuo sem vontade de escrever. Mas pulling through.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Pois não

Não me apetece e não tenho vontade de escrever. 

Inédito.

Mas tenho vontade de não perder nenhuma semana, de absorver tudo e de saber sempre onde foi o tempo parar. 

Dualidades.

Não consigo parar com elas.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Isto é uma bakfiets


 

Semana 6/52

Fazer recaps da semana é mais difícil do que se imagina. Domingo à noite e apetece-me zero.

Mas tudo bem, é bom para slow time, portanto here we go:

- Esta semana finalmente arranjamos uma babysitter. Os meus fins de semana acabaram de se tornar mais fáceis e claro mais dispendiosos,

- Esta semana consegui mexer este singelo rabinho todos os dias. Criei literalmente tempo para isso. A minha primeira aula de yoga em meses (dor!), cavalos, passeios e musculação.

- Claro que come with a price; no house organized, no clean laundry, no meal prep.

- Descobri que o banco tem um beneficio para se fazer lease de bicicletas. Acho que finalmente me vou aventurar numa bakfiets...wish me luck. Depois desta sou meio holandesa.

- No meio de uma acção de formação descobri um potencial novo caminho. Continuo sem saber se quero o objectivo final, e nem sei se esta nova lead vai dar a algum lado. Mas sei que, ficar parada não leva a lado nenhum.

- Fui bater perna no shopping e gastar dinheiro...refreshing! 

- Este mês foi pessimo para despesas. A quantidade de viagens vão pesar, mas viagens não é custo, é investimento e por isso seguimos fortes.

- O M. passou para cinto branco/laranja. Gosto que ele goste de judo. Gosto.

- Na reunião de pais do L. descobri que não sou só eu que vejo quão crescido e responsável ele esta. Os outros também vêem. Viver sozinho trouxe responsabilidade (que ele tirou de letra) e trouxe-lhe também a leveza de viver em paz, sem o drama inerente à minha mãe. Deixa-me triste sim, mas ao mesmo tempo orgulhosa do homem que ele se está a tornar.

- Muitas conversas com amigos esta semana. Esta conexão faz-me bem, os telefonemas ainda que marcados em agenda, resultam. Ter com quem conversar aqui, neste pais emprestado também é bom. 

- E a terapia. Podia dizer tanto tudo sobre terapia. Da sessão desta semana a pergunta que ficou foi "porque é que acho que tem de ser tudo tão difícil?". Não me sai da cabeça...dou voltas e voltas com esta. Não sei bem como a virar ao contrário...mas na realidade, muitas vezes é tudo muito difícil. Mas tem de ser? 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Terapia

É igual a um data dump...

Uma amalgama de coisas que não fazem sentido, até fazerem.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Isso


 

Das coisas que eu ouço

You don't look for trouble. Because if you do, you will find it.

I looked for trouble two times in the last 10 years and I found it, both times.

domingo, 5 de fevereiro de 2023

Semana 5/52

A semana começou com o Robbie. Senhores, como eu já me tinha esquecido o quando gostava dele! Impressionante como num apice voltei a ter 20 anos. Gritei, pulei, cantei...voltei a ficar viciada nele e não ouço outra coisa desde Domingo passado. Sad? No, lovely. I do what I want, and make sure I give no explanations about it.

Depois de um Domingo assim a Segunda passou de relaxada a stressada em 2 segundos. Os planos do jardim atrasaram-se, um vento que achei que ia cair da bicicleta quando fui buscar o M. a escola, avaliação do ano e claro, aquela carga de trabalho que só o fecho do ano sabe trazer!

Avaliação: bem, boa. Objectivos deste ano estavam cumpridos desde Novembro. Todos os passos para ser promovida igual, e agora é só esperar até Abril. Como disse na semana passada devia parar e aproveitar a tranquilidade que dá ensinar e saber quase tudo o que há para saber sobre uma posição. E por isso decidi que é isso mesmo que vou fazer... isso e network. Até descobrir o que quero mesmo não vou pensar em mudar!

Esta semana voltei aos cavalos. Mais uma coisa que me tinha esquecido de como gostava. Adoro! 30 minutos de aula, 30 minutos de selar, des-selar, escovar e dar festinhas. 2 dias de dores no rabo e nas pernas. Ma-ra-vi-lho-so. Fazer exercício é outra coisa que me dá um imenso prazer e sinto-me cada vez melhor. Cada vez com mais força. Cada vez com mais vontade de puxar por mim. Por isso, até onde o meu corpo deixar, eu vou leva-lo. Com esta nota passei a fisioterapia para de duas em duas semanas, e na próxima sessão vamos aprender a correr "para proteger os joelhos". Não é velhice filhos, não é, não.

Falando em velhice arranquei 1 cabelo branco. Tenho 5 todos numa mesma zona, escondida, mas este estava num sitio se notava imenso e então decidi arranca-lo. E não me venham com coisas que agora nascem 7, mitos urbanos. Tão mito como o "se fizeres depilação com Gilette nascem pelos da barba nas pernas". Mentira senhores, só as hormonas tem esse poder. 20 anos para aprender isto!

Sexta feira foi óptimo, descobri que o ortopedista que operou a minha mãe me mentiu. Sim, ouviram bem, mentiu na minha cara que lhe tinha posto uma prótese, quando não pôs. Deixou-lhe uma perna 10 cm mais curta que outra, e eu só descobri 9 meses depois. Claro que, depois de me ter passado todo o desapontamento na raça humana; em que um médico decide sozinho fazer isto a doente que está sozinho e mentir, o meu lado racional percebe. Colocar uma prótese numa doente em estado terminal é uma péssima alocação de recursos escassos e que poderiam beneficiar outra pessoa com muitos mais anos de vida. Percebo isso, mas dá-me raiva que ele não tenham tido a coragem de me dizer isso na cara e de me deixarem explodir toda a frustração com a situação, na hora. Raiva e culpa. Culpa por não estar lá, porque se lá estivesse talvez tivesse sido diferente. Os últimos 3 dias tem sido cheios disso, raiva e culpa. E a minha mãe, desde sexta liga-me todos os dias a perguntar o que é que se vai fazer agora. Como se eu pudesse fazer qualquer coisa? Como se houvesse esperança?

E este fim de semana o síndrome Fevereiro voltou na sua força. Depois de um Janeiro tranquilo, pelo menos no que diz respeito ao luto, Fevereiro começou já com raiva (mais ainda, sim!). Saberá Deus porque é que eu fico zangada pelo meu pai ter morrido depois de 3 anos. Já devia ter esgotado este sentimento. Mas fico zangada, irritada e com raiva ao mesmo tempo. E depois, claro, começo a descarregar no miúdos em forma de falta de paciência, até perceber o que está a acontecer e tirar 10 minutos de silencio para respirar. Fiquei zangada com a ideia de celebrar os 70 anos deles e ele não estar lá, a minha veia cínica acha isso uma ideia absurda. Mas a minha parte adulta racional percebe que cada um sente à sua maneira, e foi uma ideia como outra qualquer. Eu queria abrir um bolo, abrir uma garrafa de vinho e chorar até adormecer. E acordar dia 23 pronta para começar finalmente o ano. Desde que o meu pai morreu que os anos não começam a 1 de Janeiro, porque a dor não deixa. Confesso também um bocadinho de culpa. De alguma maneira o facto de Janeiro ter sido tranquilo significa que a pior fase do luto está a passar. E, mais uma vez, racionalmente eu sei que não o amo menos, mas estou melhor, doí menos, é indiscutível.

O fim se semana foi duro. Continuamos com a saga da babysitter, e sem resultados. O N. ficou meio adoentado e por isso tive de levar o barco sozinha ontem e quase todo o dia hoje. Adoro-os de morte, adoro passar tempo com eles, mas não ter tempo para mim é dureza.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Pois

Not everyone has it: The desire to wake up, stop sleepwalking through our lives, to stop trying to do the right thing while denying our truth. But those of us who do, we tread in dangerous waters. Once you wake up, once you get even just a tiny taste, there’s no going back.