segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Isso


sábado, 22 de agosto de 2015

É oficial

Primeiro mergulho dado no Mar do Norte!
Sim, sim, não é o Mediterrâneo, mas não é mau nem gelado. Daqui a nada vai mais um...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Histórias

Saí da luz artificial e do ar condicionado para estar um ano fechado com outros trapos velhos. De mansinho pus-me a jeito para ser a opção única quando abriste a porta. Juras-te que só iria eu, porque o final da noite seria a dançar até de manhã. Mentis-te, simplesmente não havia outra justificação que uma senhora pudesse dar. Mas assim que me sentiste, sorriste baixinho e pensaste: quero ver como é que te safas desta hoje!
Não precisava sequer de estar tão junto a ti como estava, para sentir o teu pulsar. O doido do teu coração batia desenfreado, música após música, garfada após garfada.
A portada fechou-se e o elevador subiu, pacatamente, até ao décimo andar. Enquanto subiamos o teu pensamento alternava entre a incredulidade, a tua ingenuidade a vir ao de cima dada a óbvia situação, e o desejo, vontade pura e crua de jogar outra vez. Feijões e moedas de cêntimo, como sempre.
Quando te vi sentada no canto da cama, com os pés descalços na alcatifa bege, pensei que perderias a paciência. Afinal jogar sim, mas só se for como tu queres. E então levantaste-te, último recurso, e deixaste-me a mim entrar em campo e fazer aquilo para que fui feito. Por momentos duvidaste das minhas capacidade, uma ofensa que ignorei. Eu, que estive fechado todo aquele tempo, não ia perder esta oportunidade.
Quando cai finalmente no chão, olhei para ti e ri-me do fervor com que tudo acontecia diante dos meus olhos. Paixão! Os feijões e as moedas se cêntimo foram a vida deles, e fizeste um all in. A roleta rolou e tu apostaste tudo, sem parares para pensar durante uma fracção de segundo sequer! Criança ingênua apaixonada, devias saber que podias ficar sem cartas, pior ainda ficar sem as mãos, os dedos, os anéis, as unhas...tudo! Afinal when God wants to punish us, He gives us what we want.
Durante 15 minutos observei-te, a maneira como davas o teu corpo e coração, a devoção com que o olhavas e tocavas...estava tudo errado, mas só te o disse depois, no carro quando estávamos sozinhos. Sabia que não ia voltar a estar contigo, mais valia deixar-te estar.
Passaste para o espelho, e voltas-te a sair, nua, tinhas exposto todos os teus sentimento ali, tudo o que é teu, não havia mais nada para dar. Deste demais! Quando tiveste coragem encaraste o verde dos olhos dele e vis-te, primeiro sem quereres ver, o que te tentei dizer assim que saíste do carro, não valia a pena.
Colaste-te de novo a mim, sentaste-te ao lado do corpo nu e não quiseste desistir, não já, não agora...por favor. Foi inglória a tua luta, mas um prazer ver-te lutar.
Quando voltei para a escuridão mereci. Usaste-me sem imaginares que iríamos chegar até aqui. A culpa não foi minha, mas aceito a tua reacção. 
E quando há uma semana te perguntei de me querias na tua vida, preferiste não responder, adiar a decisão. Já passaram tantos anos desde que nos encontramos pela ultima (e única) vez, achas que podes fingir que não aconteceu? Fingir que eu sou apenas mais um vestido de cetim preto como outro qualquer? Usar-me agora, sem dor nem sofrimento? Eu não te vou fazer feliz, tu já és feliz, eu quero só partilhar mais momentos contigo. 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

As perguntas sem resposta...

São sempre as mais difíceis de esquecer!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Assim

Não tenho culpa de ser como sou, de sentir como sinto.
Sinto. E depois coloco o meu manto de gelo e decido que se eu sinto, os outros também sentirão.
Se me doí, também irá doer a quem me fez deu esta dor.
Muitas vezes resultou, outras vezes apenas me magoou mais.
Quando são imunes á minha ira é porque não sentem, e se não sentem eu depois também não quero sentir. Demora tempo, foi sempre triste sentir por quem não sentiu.
E eu sinto muito, até ao dia, há um dia que acordo e nunca mais sinto nada. Sempre fui assim. Parto e não olho para trás. Há quem diga que é sem dó nem piedade, quem ache que eu era capaz de passar pelo corpo a rastejar e fingir que não estou a ver. Se não sinto, não me mexo. Talvez!
O que é certo é que não gosto de ver o meu sentir a ir, tenho pena por ele, porque eu quando sinto, sinto tanto. Gosto tanto, faço tanto, sacrifico tanto. E quando acaba, é como arrancar a fita cola. Nunca mais cola bem outra vez.
Mas há excepções em que não sei se consigo partir sem olhar para trás. E não é por mim, e por eles. Porque os tolos são tolos e não sabem que o são, mas eu sei. Eu sei que os tolos, serão para sempre tolos e ainda pior que isso se eu jurar nunca mais me preocupar. Sei, mas por enquanto preciso de não me importar. Quanto mais me importo mais exposta fico, e quanto mais exposta mais me magoam. Também aprendi isso cedo. Se nunca sentires, nunca doí, nunca arde nos olhos.
Infelizmente, ou não, eu fui feita para sentir. Não suporto a minha vida dia após dia, anestesiada, apesar de adorar os meus pequenos momentos de dormência.
Um dia é de quem doí, outro de quem faz doer.
Hoje o dia é meu. E porque eu sou boazinha, é a semana, ou mês, não me interessa mais.
Não me merecem, eu bem sei, é só pena que tenha de relembra-los disso da pior maneira. Mas se eu chorei, eles também vão chorar. Não tenho culpa se ser como sou.

Por faz sentido

Ainda bem que não morri
de todas as vezes que quis morrer
- que não saltei da ponte,
nem enchi os pulsos de sangue,
nem me deitei à linha, lá longe.
Ainda bem que não atei a corda à viga do tecto,
nem comprei na farmácia, com receita fingida,
uma dose de sono eterno.
Ainda bem que tive medo:
das facas, das alturas,
mas sobretudo de não morrer completamente
e ficar para aí - ainda mais perdida do que antes
- a olhar sem ver.
Ainda bem que o tecto foi sempre demasiado alto
e eu ridiculamente pequena para a morte.
Se tivesse morrido de uma dessas vezes,
não ouviria agora a tua voz a chamar-me,
enquanto escrevo este poema,
que pode não parecer - mas é
- um poema de amor.

Maria do Rosário Pereira

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Amanhã

Acaba este mês difícil.
Ou então não, só começa outro: Diferente e difícil.
Fazer de mãe um mês inteiro foi muito mais duro do que me lembrava. Antes não era casada, não tinha que ter cuidado com nada. Agora foi só uma má ideia, uma péssima ideia para todos, e um mês?! Onde é que eu tinha a cabeça?
Correu bem, agora no final, mas não foi fácil.

Só hoje

É aquele zumbido de preocupação, aquela pulga atrás da orelha a dizer: achavas que ias ser feliz era? Que nunca mais ias levar nenhum soco no estômago de improviso? Querias...era bom era!
Não tenho medo da vida, mas sei quão má, difícil e dolorosa ela pode ser. Nunca pensei em ter tanto cimi agora, e não quero sair desta bolha.
E é apenas e só o meu pai que está com as análises todas alteradas, pode não ser nada, pode ser tudo. E este maldito medo não me deixa. E a raiva também não. A porcaria do vício da comida...avisei-o tantas vezes! 
Resta esperar e tentar matar esta pulga. Aconteça o que acontecer.