Berlim é uma cidade sóbria.
As regras são para cumprir, e os comportamentos ligeiramente diferentes como simplesmente estar sentada nas escadas do Reichstag ou andar de bicicleta pelo passeio são olhados com reprovação. Mas as pessoas não são conservadoras, os penteados e cores de cabelo diferentes abundam, a segurança é levada a sério e a multiculturalidade não é um problema, é uma realidade aceite por todos.
A historia não é para ser remexida, o nome daquele cujo o nome não deve ser pronunciado, não é de facto pronunciado a não ser quando estritamente necessário. Os monumentos antigos são imponentes, todos eles cravejados de buracos de balas, ou remendados, estão lá, não se negam nem se ocultam.
A cidade é enorme, maior que Paris (se é que é possível) e muito dispersa. O lado este tem um centro e o lado oeste outro, o meio da virtude é uma mistura ainda em construção.
A dignidade com que se aceita a divisão da cidade, o muro, o holocausto, o jugo dos aliados e todas as atrocidades que foram cometidas (quer de um lado, quer do outro, que nestas coisas não há ninguém inocente) fez-me admirar muito o povo Alemão, e o esforço que se faz para não esquecer e ao mesmo tempo viver com a história.
A língua continua a ser um desafio mas as pessoas são bem mais simpáticas do que me lembrava. Sempre dispostas a ajudar, sempre com um sorriso. Pragmáticas, sem tempo a perder, eficientes, e sem delicadezas exageradas.
Definitivamente um pais para voltar e conhecer mais...possivelmente
Munique da próxima vez.
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