Não há uma descrição certa. Não se vê, sentem-se. Não é concreto, é abstrato, mas existe.
É a vontade de falar horas e horas seguidas. É a excitação de ter sempre alguma coisa para dizer, partilhar.
É confiança absoluta. É o silencio na beira da piscina, num livro partilhado, um filme visto com a cabeça encostada. Fazer nada, preocupar com nada, estar somente.
É o coração a rebentar na boca de tanto amor. São medos irracionais. É a vontade de ficar para sempre assim, a partilhar mãos pequeninas na cara e peças de puzzle no chão.
É o frenesim do trabalho. A vontade de não parar até ter uma apresentação feita. O ligar, alguém atender e de repente tudo ficar mais alinhado.
É andar a galope, surfar onda, cantar no tom certo. Deitar ao sol e deixar a pele queimar. Mergulhos no mar, carreirinhos, andar de mota depressa.
Dias de feira com montanhas russas, pele queimada do sol, dançar aquela música. Livros que fazem viajar, dormir nua com um saco de água quente numa cama acabada de fazer.
Viagens de carro no meio do nenhures, paisagens de tirar o folego. Uma ativade nova, um pensamento que nunca tínhamos ouvido, uma opinião diferente.
Contentment, aquela felicidade que doí no cimo do estomago, amor infinito que nos aterroriza, purpose e calma.
Antecipação de uma coisa que queremos muito, perder o controlo com vontade, não ter medo.
E é isto, todos os dias. Ou não vale a pena! Por isso, eu sei exatamente o que quero.
Quero pouca coisa, há dias que só me apetece deitar tudo fora, vender tudo e ficar só com 100m2 e dinheiro no banco para reforma. Uma vida simples e sem chatices.
Portanto não é que não saiba o que quero, sei! Só não sei ainda é como lá chegar.