sexta-feira, 24 de novembro de 2023

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

And done...


Mudança de emprego em full speed!


sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Do you fell it?


The winds of change...

I do. 

From a gently breeze to a full storm... it's kicking in.

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Isso

 


quarta-feira, 15 de novembro de 2023

A pequenina, vulnerável e insegura que eu aprendi a amar

E no momento em que me lembrei, caiu sobre mim uma tristeza que se colou na pele, como uma fina contracapa que se recusou a sair durante horas obrigando-me a parar todo o meu dia para digerir e perceber porquê.

A primeira vez que pensei em sair de casa tinha 12 anos. Cedo, eu sei. Mas a instabilidade emocional tem destas coisas, rapidamente percebemos quão mau é e que a única maneira de fazer parar, é desaparecer. Mas nessa altura não percebia as coisas como percebo agora. Só queria refugio e um escape que até, nessa altura sabia que não existia. Estava sozinha. E disse para mim mesma, quando tiveres 18, até lá não podes porque a lei não deixa.

Aos 15, e se exatamente onde estava, num campo de basquete ao pé de casa, com a J. depois de mais uma loucura qualquer e muitos gritos. Tinha o meu porta chaves na mão, uma coisa gigante com um peluche de morango entre outro. E caiu-me a ficha que os 18 anos em que me agarrava como porta para a liberdade não eram atingíveis. Já percebia o que era dinheiro, que se fosse trabalhar não ia conseguir estudar e acima de tudo já percebia que não ia conseguir manter a minha vida se decidisse sair de casa. E apesar de tudo, eu gostava das partes boas da minha vida demasiado para abdicar delas. Nessa altura coloquei outra meta; depois de acabar o curso, assim que começar a trabalhar. 
Continuava sozinha, nunca sequer me passou pela cabeça contar a alguém o que se passava ou o que é que sentia. Passava dias e dias em casa da minha avó, mas oficialmente morava em casa. Passava dias e dias em casa de amigos, mas oficialmente morava em casa. Toda a gente achava que eu só gostava de sair, beber e passear e eu não negava. Para quê?

E então engoli, aguentei, fiquei, esperei, ansiei, sonhei e compartimentalizei toda a dor e desconforto. Todas as mentiras, loucuras, manipulações e culpa que me punham em cima. Tudo debaixo da capa que escondia toda a minha vulnerabilidade, insegurança e fraquíssima auto-estima. Podia um dia partir, mas nunca ia vergar.

E um dia chegou a hora, finalmente. E aqueles meses em que procurei casa, em que sabia de mim para mim que faltava pouco. A mudança, o viver finalmente sozinha...não foi perfeito. Não houve um final feliz, afinal, porque a culpa de ter saído e deixado o meu irmão para trás não deixava. 

Já nessa altura devia ter percebido que não há um grande plano nem finais felizes. Não há coincidências e o sofrimento do passado não garante não sofrimento no futuro. 

Mas tudo isto eu já sabia, nada do que está aqui era novidade, mas a tristeza sobre o mesmo tema foi inesperada.  

Ela vai estar sempre aqui. 
Voltamos sempre para o que conhecemos.
Os ciclos repetem-se e repetem-se em espirais infinitas.

Até um dia. 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Das coisas que eu ouço

 Forgiveness benefits the forgiver, and it's easy. Understanding is acceptance, and that is far harder.

Nektas - A light in the Flame

Wild life

O dia em que descobres que, antes de ti já a tua mãe fez. 

E que afinal, não é assim um problema tão grande como se pensou a vida inteira.

Aceitar o pior dela (e da doença), não sentir pena por tudo o que ela me fez passar, compreender que a vida não tem de ser justa e assumir responsabilidade. 

Assumir tudo, sem lutar contra. Assumir a parte de mim que é dela. Não igual, mas aquilo que eu faço dessa parte.