...o medo. Acordei apreensiva, com calafrios e uma sensação de catástrofe no ar.
Não há nenhum motivo racional para isso, mas há vários motivos emocionais. Colegas á minha volta a passar por momentos difíceis, filhos doentes, pais perdidos, doenças não diagnosticadas.
Há o ser Janeiro...mês em que a minha vida mudou para sempre. Achei que este ano estava quase imune as lembranças, mas não estou. O luto fica mais fácil de gerir com o tempo, é inegável, mas o buraco está cá e por isso mostra os seus tons de negro every now and then.
E há o cansaço acumulado da semana de volta de férias. O pouco descanso, lutas diárias com os miúdos, falta de tempo para relaxar.
O tempo lá fora também não ajuda, nos seus tons de cinzento.
E eu por aqui carrego nas palavras. Na esperança de que, racionalizando o que sinto, o sentimento se dissolva no ar. E no entretanto agradeço, um pouco de tudo; da solidez do meu cérebro que me permite manter as bolas no ar, á presença de espirito de fazer terapia e perceber as minhas emoções, até há sorte de ter uma casa quente, uma cama confortável e filhos saudáveis e felizes.
Não precisamos de muito na vida. Por isso sabe bem a consciência de que temos muito para agradecer.
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