E voltou a ansiedade e o nó no estômago.
Já há semanas que não sentia mas voltou em full force, juntamente com a certeira noção que estou farta, fartinha de ter medo das consequências das minhas acções.
O que achei um dia que era uma benção, o meu risk awareness, é na realidade uma maldição. Não quero viver em medo constante dos "e ses" da vida, quero simplesmente fazer o que quero hoje, e resolver o que tiver de ser resolvido quando a altura chegar. Parar de ter medo de arrependimentos, ou das tragédias que a minha cabeça faz e que na realidade nunca acontecem.
Viver dentro da minha cabeça não é fácil. Sempre achei que a única maneira de controlar a minha vida, e especialmente a minha bipolar mãe, era antecipar tudo o que poderia acontecer. Se tivesse todos os cenários possíveis e me preparasse sempre para o pior, aquela sensação de "ficar sem chão", nunca mais me aconteceria. Claro que, com a morte do meu pai, percebi a clara falácia desta teoria; é impossível controlar tudo, incluindo os piores cenários.
Mas como é que mudo uma coisa que está tão enraizada em mim que nem percebo que faço? Como é que vivo simplesmente com o que quero e com alguma (óbvia) responsabilidade, mas não deixo que isso me consuma? Doing it by doing it, I guess. Como em tantas outras coisas na minha vida, vou ter de me expor, vou ter de mostrar a jugular ao mundo, deixar acontecer e lidar com as consequências. Pior, vou ter de procurar por oportunidades para o fazer...
Good night and good luck!
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