Parece que ando em luta comigo mesma.
Luta para andar bem, luta para me sentir com energia, positiva, o meu "eu"normal. E quanto mais luto, mais me afundo!
Hoje acordei a ouvir a Nini, umas saudades insuportáveis do meu pai. A consciência que os meus anos foram dor e que o Natal, mais uma vez, não vai ser diferente. Deus, como eu odeio o Natal!!
E o fingir (sim fingir, porque os miúdos não tem culpa), parece-me daqui uma exaustão em cima do meu eu já exausto. Uma montanha muito maior do que aquela que me parece possível escalar.
Mas vou seguindo! Porque parar não é possível. Continuo sem saber o que me perturba tanto, sinto que há uma qualquer mudança que tem de ser feita, mas não sei qual. Não sei o caminho, mudança aonde, nem percebo o porquê de me parecer que o meu corpo grita por mudança...
E quando estou assim, neste não-sei-o-que-se-passa,-tenho-que-andar-bem-mas-só-me-sinto-deprimida, só me afundo mais. Como em excesso, estou doente, não treino e tudo parece 1000x pior.
E depois escrevo, e o simples acto de escrever tira de mim o veneno. Deixa-me um leve sorriso nos lábios e a certeza, absoluta, que ando a patinar em círculos, mas que vou encontrar a saída. Encontro sempre, afinal.
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