Gostei tanto como da primeira vez.
Don´t lose your faith in humanity.
Quanto mais acreditarmos que somos felizes venha o que vier, menos nos preocupamos com o que há-de vir.
Moments that could be mine
domingo, 13 de outubro de 2019
Tecnologia, para que nao te quero.
Nao tenho acentos neste teclado. Que nervos!
Mesmo que queiras escrever em portugues, nao escreves. Toma!
Mesmo que queiras escrever em portugues, nao escreves. Toma!
Casas de banho mistas
Nos meus 34 (quasev35) anos de idade, só duas vezes me deparei com casas de banho mistas.
A primeira vez, há 7 anos atrás numa discoteca em Shanghai, exótica o suficiente, para me fazer pausar a entrada, acompanhada apenas por amigos homens, e dar uma gargalhada gigante. Como é que ninguém nunca tinha pensado nisso? Genial! Adeus filas do WC feminino. Nada me pareceu mais normal, pouco estranho ou fora do comum, mas creio que posso culpar a vodka mais uma vez por isso (ela que tem as costas largas aguenta).
A segunda vez, está semana, não me pareceu um conceito assim tao avant-garde. Estávamos num evento da empresa e ouve um certo desconforto palpável no ar quando percebemos que nos dirigíamos todos para a mesma casa de banho.
Pus-me a pensar sobre isso, porque? Não é como senão tivéssemos o nosso metro quadrado de privacidade. Nem me lembro de alguma vez não ter achado divertido ir a cada de banho dos homens quando a fila na das mulheres dava a volta ao quarteirão (culpa da vodka, mais uma vez?) e por isso fui apanhada de surpresa com este sem jeito notorio. Afinal a única coisa que dividimos foi o lavatório, mas de alguma maneira pareceu uma intrusão de parte a parte.
Está reflexão, levou-me claro a pensar na nova lei em que, na escola, se permite que cada aluno vá a casa de banho com que mais se identificar. Uma lei que parece feita por alguém que nunca andou numa escola preparatória ou secundária, uma lei que na prática não vai mudar nada. Quem não cumprir o sinal vai-se sempre sentir desconfortável e os outros vão sempre fazer questão de mostrar que também estão desconfortáveis (porque vão estar).
Então para mim a solução seria só e apenas uma, juntar as casas de banho. Claro que para isso, primeiro os rapazes teriam de ser educados para respeitarem inequivocamente as raparigas, afinal o nosso espaço seguro, a casa de banho, já não iria mais existir. Do que eu me lembro da escola, e dos 10 anos a sair à noite, também não me parece que já estejamos aí.
E por isso ficamos sem solução outra vez.
A primeira vez, há 7 anos atrás numa discoteca em Shanghai, exótica o suficiente, para me fazer pausar a entrada, acompanhada apenas por amigos homens, e dar uma gargalhada gigante. Como é que ninguém nunca tinha pensado nisso? Genial! Adeus filas do WC feminino. Nada me pareceu mais normal, pouco estranho ou fora do comum, mas creio que posso culpar a vodka mais uma vez por isso (ela que tem as costas largas aguenta).
A segunda vez, está semana, não me pareceu um conceito assim tao avant-garde. Estávamos num evento da empresa e ouve um certo desconforto palpável no ar quando percebemos que nos dirigíamos todos para a mesma casa de banho.
Pus-me a pensar sobre isso, porque? Não é como senão tivéssemos o nosso metro quadrado de privacidade. Nem me lembro de alguma vez não ter achado divertido ir a cada de banho dos homens quando a fila na das mulheres dava a volta ao quarteirão (culpa da vodka, mais uma vez?) e por isso fui apanhada de surpresa com este sem jeito notorio. Afinal a única coisa que dividimos foi o lavatório, mas de alguma maneira pareceu uma intrusão de parte a parte.
Está reflexão, levou-me claro a pensar na nova lei em que, na escola, se permite que cada aluno vá a casa de banho com que mais se identificar. Uma lei que parece feita por alguém que nunca andou numa escola preparatória ou secundária, uma lei que na prática não vai mudar nada. Quem não cumprir o sinal vai-se sempre sentir desconfortável e os outros vão sempre fazer questão de mostrar que também estão desconfortáveis (porque vão estar).
Então para mim a solução seria só e apenas uma, juntar as casas de banho. Claro que para isso, primeiro os rapazes teriam de ser educados para respeitarem inequivocamente as raparigas, afinal o nosso espaço seguro, a casa de banho, já não iria mais existir. Do que eu me lembro da escola, e dos 10 anos a sair à noite, também não me parece que já estejamos aí.
E por isso ficamos sem solução outra vez.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
Journal 7 Feb.19
Depois de ter começado o ano forte nas minhas resoluções, percebi que assim que as coisas viram um hábito entram naquele dia e podem ser acomodadas com outras.
Apesar de tentar tirar coisas do meu prato, acho sempre que ele tem um bocadinho mais de espaço, pelo menos para escrever, dado que foi uma coisa que com os anos deixei e me faz tanta falta. Quase tanta como o judo. E exactamente pelo menos motivo, expiar aquilo que sinto.
A quem acha que ser tranquila quando foi educada numa montanha russa é fácil, desengane-se. Os demónios não nos deixam, só se tornam velhos conhecidos e com os amigos conseguimos ter mais à vontade, apenas isso.
Ontem foi apenas mais um dia de trabalho. Bolas, gosto de trabalhar. Estranho, eu sei! Mas gosto. Gosto de aprender, saber o que faço. Gosto da cara das pessoas quando nunca pensaram naquilo que acabei de dizer e de repente começam a perceber a genialidade da ideia. E além de gostar sou muito boa no que faço.
E esqueçam as modéstias, estou farta delas. Pensamento de quem tem sempre de pedir desculpa por ser boa. Não tenho. Lutei muito para estar aqui e mantenho-me alerta, todos os dias, sem vacilar. E tem dias que não sou assim tão boa e prometo que também admitirei.
No final do dia fui-me despedir do meu antigo chefe, num salão de jogos (bem no meio da Red Light). Daqueles que havia nas Amoreiras e que não entrava desde 2003. Flash-back inevitável até um mundo cheio de Janelas solarengas. Durou 5 minutos. Já não tenho muita paciência para o passado se o puder evitar. O E. adorou, e nós por ele, um sentimento genuíno de tristeza por alguém tão bom (e boa pessoa) se ir embora.
Nota para mim mesma, tenho de fazer mais estes eventos sociais. Bolas, sinto falta de risadas e conversa neste Inverno longo e que há aqui.
Antes de ir para a cama discuti próximas viagens. Tema antes tão fácil e que agora, a dois, gera tanta conversa. E óbvio meditei. Afinal este é o ano da meditação e do holandês. Se não tinha dito ainda, ficam agora a saber.
Apesar de tentar tirar coisas do meu prato, acho sempre que ele tem um bocadinho mais de espaço, pelo menos para escrever, dado que foi uma coisa que com os anos deixei e me faz tanta falta. Quase tanta como o judo. E exactamente pelo menos motivo, expiar aquilo que sinto.
A quem acha que ser tranquila quando foi educada numa montanha russa é fácil, desengane-se. Os demónios não nos deixam, só se tornam velhos conhecidos e com os amigos conseguimos ter mais à vontade, apenas isso.
Ontem foi apenas mais um dia de trabalho. Bolas, gosto de trabalhar. Estranho, eu sei! Mas gosto. Gosto de aprender, saber o que faço. Gosto da cara das pessoas quando nunca pensaram naquilo que acabei de dizer e de repente começam a perceber a genialidade da ideia. E além de gostar sou muito boa no que faço.
E esqueçam as modéstias, estou farta delas. Pensamento de quem tem sempre de pedir desculpa por ser boa. Não tenho. Lutei muito para estar aqui e mantenho-me alerta, todos os dias, sem vacilar. E tem dias que não sou assim tão boa e prometo que também admitirei.
No final do dia fui-me despedir do meu antigo chefe, num salão de jogos (bem no meio da Red Light). Daqueles que havia nas Amoreiras e que não entrava desde 2003. Flash-back inevitável até um mundo cheio de Janelas solarengas. Durou 5 minutos. Já não tenho muita paciência para o passado se o puder evitar. O E. adorou, e nós por ele, um sentimento genuíno de tristeza por alguém tão bom (e boa pessoa) se ir embora.
Nota para mim mesma, tenho de fazer mais estes eventos sociais. Bolas, sinto falta de risadas e conversa neste Inverno longo e que há aqui.
Antes de ir para a cama discuti próximas viagens. Tema antes tão fácil e que agora, a dois, gera tanta conversa. E óbvio meditei. Afinal este é o ano da meditação e do holandês. Se não tinha dito ainda, ficam agora a saber.
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