1) Perceber se se gosta do hobbie ou se se gosta mais da ideia do hobbie. Marcar uma aula única ou um curso rápido para dar uma introdução ao tema sem investir muito.
2) Se o ponto numero 1. nos deu imenso prazer e foi algo que nos veríamos a fazer durante várias horas podemos prosseguir e tentar saber mais coisas básicas sobre o nosso hobbie. Passar umas horas no youtube a pesquisar ajuda. O youtube diz praticamente tudo o que precisam de saber sobre qualquer coisa.
3) Se o vosso hobbie for alguma coisa de exterior ou relacionada com desporto eu sugiro investir em aulas. Ser autodidacta é bom se não envolver colocar o vosso corpo em risco. Comprei sempre o pacote mais pequeno (e barato) possível e não invistam em material. Material é algo que só se deve investir quando tiverem a certeza que gostam do vosso hobbie e que o querem fazer durante algum tempo. Excepção feita se for algo barato como uma raquete de squash, um skate ou uns patins (tudo em formato básico para iniciados).
4) Pratiquem. Se não arranjarem tempo para o vosso hobbie no inicio, quando ainda estão excitados sobre o assunto, é porque nunca vão arranjar tempo. E se dizem que não tem tempo, bem, é verem o que vos dá mais prazer: horas em frente à TV (ou computador) ou horas com o vosso hobbie. Eu sinto sempre (e cada vez mais) que a TV, computador, telemóvel é uma perda de tempo. Nada contra, gosto de ver séries e filmes, mas dois episódios máximo ou um filme, chega, sobra e sobeja. Computador é o mínimo indispensável, já passo o dia a trabalhar em frente a um, a nossa relação está esgotada. E telemóvel, é óptimo quando estamos numa fila, ou no WC, mas mais que isso cansa-me.
5) Tenham atenção a altura da vida em que estão, mas não se coibam de começar tarde qualquer coisa que vos dê prazer. Quero com isto dizer que, por exemplo, agora que sei que vou passar mais tempo em casa, faz sentido um hobbie que me permita aproveitar mais a minha casa, tendo portanto tempo para o fazer (mesmo quando o bebé nascer). Mas comecei o Judo aos 18 anos, era cinto branco quando toda a gente já era castanho ou preto e comecei o Surf aos 25 numa classe só de adolescentes. Mas comecei, fiz durante anos e quando tiver tempo (ou voltar para Lisboa) posso fazer outra vez.
Acima de tudo garantam que nunca param de experimentar e aprender coisas novas: um desporto, uma língua, uma arte, qualquer coisa! Experimentar faz-nos sentir vivos.
Quanto mais acreditarmos que somos felizes venha o que vier, menos nos preocupamos com o que há-de vir.
Moments that could be mine
terça-feira, 11 de abril de 2017
segunda-feira, 10 de abril de 2017
Planos!
Falta um mês e meio para ir para casa de licença.
Vou ficar um mês em casa sem fazer nada, tal como manda a lei aqui na Holanda.
Se a inicio este mês me pareceu um desperdício, neste momento a ideia sabe-me, acima de tudo, bem.
Começo a sentir o peso, um peso que não tem a ver com gordura corporal, mas sim com uma pressão em sítios desconhecidos e estranhos. Dormir começa a ser uma espécie de constante vira-e-acorda e por isso tenho que fazer sestas no sofá quando chego a casa para recuperar, o que me faz sentir como se não fizesse nada além de trabalhar e dormir.
As tarefas da casa acumulam-se e não tenho vontade, nem paciência ou força para ir para a cozinha ou tratar da roupa.
Achei que não ia acontecer, confesso! Como se eu fosse diferente da maioria das mulheres que olhava para mim com cepticismo, quando eu dizia que podia trabalhar até ao parto, porque afinal em Portugal não há nada na lei que diga que tenho que ir para casa um mês antes. Ainda tenho colegas que acham que não vou aguentar até aos 8 meses, mas eu continuo a querer fazê-lo, acima de tudo porque tenho uma lista de coisas para acabar aqui no trabalho que não acabam. E como sempre, quero termina-las na perfeição.
Mas há uma novidade para contar: como achei que ia estar aborrecida em casa durante um mês. Com mobilidade reduzida dado ao peso da barriga, decidi começar um novo hobbie relacionado com artes - pintar e desenhar.
A verdade é que sempre tive vontade de fazer algo que desenvolva o meu outro lado do cérebro, o criativo. Escrever só não chega, especialmente porque raramente tenho tempo para me dedicar a um texto de ficção. Escrevo o que sinto e isso não é bem criatividade.
Por isso, no mês que vou ficar em casa, não vão ser só livros e séries (já me estava a aborrecer só de pensar nisso!). Vão ser também textos, pinturas e desenhos...
Vou ficar um mês em casa sem fazer nada, tal como manda a lei aqui na Holanda.
Se a inicio este mês me pareceu um desperdício, neste momento a ideia sabe-me, acima de tudo, bem.
Começo a sentir o peso, um peso que não tem a ver com gordura corporal, mas sim com uma pressão em sítios desconhecidos e estranhos. Dormir começa a ser uma espécie de constante vira-e-acorda e por isso tenho que fazer sestas no sofá quando chego a casa para recuperar, o que me faz sentir como se não fizesse nada além de trabalhar e dormir.
As tarefas da casa acumulam-se e não tenho vontade, nem paciência ou força para ir para a cozinha ou tratar da roupa.
Achei que não ia acontecer, confesso! Como se eu fosse diferente da maioria das mulheres que olhava para mim com cepticismo, quando eu dizia que podia trabalhar até ao parto, porque afinal em Portugal não há nada na lei que diga que tenho que ir para casa um mês antes. Ainda tenho colegas que acham que não vou aguentar até aos 8 meses, mas eu continuo a querer fazê-lo, acima de tudo porque tenho uma lista de coisas para acabar aqui no trabalho que não acabam. E como sempre, quero termina-las na perfeição.
Mas há uma novidade para contar: como achei que ia estar aborrecida em casa durante um mês. Com mobilidade reduzida dado ao peso da barriga, decidi começar um novo hobbie relacionado com artes - pintar e desenhar.
A verdade é que sempre tive vontade de fazer algo que desenvolva o meu outro lado do cérebro, o criativo. Escrever só não chega, especialmente porque raramente tenho tempo para me dedicar a um texto de ficção. Escrevo o que sinto e isso não é bem criatividade.
Por isso, no mês que vou ficar em casa, não vão ser só livros e séries (já me estava a aborrecer só de pensar nisso!). Vão ser também textos, pinturas e desenhos...
terça-feira, 4 de abril de 2017
7 meses
E uma gravidez santa!
Realmente, até agora, há muito para agradecer neste campo.
Nada a declarar além de umas náuseas pontuais, um cansaço médio, e uma dores suportáveis em sítios estranhos.
Tenho tentado levar tudo equilibradamente. Duvido que algum dia seja uma daquelas mães arco-íris e potes de ouro, que diz que tudo é maravilhoso, mas também evito o negativismo.
Sinto falta de fazer desporto a sério (yoga prenatal é só para não ficar parada), de vestir a minha roupa, de andar de saltos altos sem pensar se o dia vai ser calmo ou não, de um copo de vinho (ou mesmo dois), de comer tudo sem pensar em bactérias e azia... sinto falta do meu antigo independente eu, por vezes.
Mas tento ver o temporário da situação e lembrar-me que daqui 1 ano (ou 10), vou ter saudades de estar gravida. Vou sentir falta de estar sempre acompanhada, de senti-lo a mexer dentro de mim todos os dias, de cantar para ele e sentir as reacções sempre que alguém fala mais alto ou me assusto.
Tudo são fases, e é assim que quero continuar a prosseguir. Uns dias em pico de felicidade e outros a aceitar o dia menos bom ou mais hormonal, como tudo fazendo parte do processo.
Começo a ficar ansiosa para o ter aqui comigo. Tenho medo que algo não esteja bem, o mesmo medo que me acompanha desde o dia 1, aquele que me segreda ao ouvido tantas vezes "foi tudo fácil até agora, prepara-te". Calo-o, porque me recuso a viver em medo, mas meia volta ele está aqui para me relembrar (caso eu me queira esquecer) que de uma hora para a outra o mundo vira-se ao contrario. E eu vou levando, também o medo, como uma parte natural. Suponho que todas as mães tenham medo, eu só tenho mais experiência em mundos ao contrario.
Começo também a ficar excitada com os detalhes, pequenos pezinhos para dar beijinhos, amamentar, dar banho, cuidar, passeios no parque. Ter um ser vivo meu e só para mim durante 3 meses. Quero muito.
Resumindo. Está tudo bem, está tudo calmo. A vida correr e vou passando mais uma fase, mais uma experiência.
Realmente, até agora, há muito para agradecer neste campo.
Nada a declarar além de umas náuseas pontuais, um cansaço médio, e uma dores suportáveis em sítios estranhos.
Tenho tentado levar tudo equilibradamente. Duvido que algum dia seja uma daquelas mães arco-íris e potes de ouro, que diz que tudo é maravilhoso, mas também evito o negativismo.
Sinto falta de fazer desporto a sério (yoga prenatal é só para não ficar parada), de vestir a minha roupa, de andar de saltos altos sem pensar se o dia vai ser calmo ou não, de um copo de vinho (ou mesmo dois), de comer tudo sem pensar em bactérias e azia... sinto falta do meu antigo independente eu, por vezes.
Mas tento ver o temporário da situação e lembrar-me que daqui 1 ano (ou 10), vou ter saudades de estar gravida. Vou sentir falta de estar sempre acompanhada, de senti-lo a mexer dentro de mim todos os dias, de cantar para ele e sentir as reacções sempre que alguém fala mais alto ou me assusto.
Tudo são fases, e é assim que quero continuar a prosseguir. Uns dias em pico de felicidade e outros a aceitar o dia menos bom ou mais hormonal, como tudo fazendo parte do processo.
Começo a ficar ansiosa para o ter aqui comigo. Tenho medo que algo não esteja bem, o mesmo medo que me acompanha desde o dia 1, aquele que me segreda ao ouvido tantas vezes "foi tudo fácil até agora, prepara-te". Calo-o, porque me recuso a viver em medo, mas meia volta ele está aqui para me relembrar (caso eu me queira esquecer) que de uma hora para a outra o mundo vira-se ao contrario. E eu vou levando, também o medo, como uma parte natural. Suponho que todas as mães tenham medo, eu só tenho mais experiência em mundos ao contrario.
Começo também a ficar excitada com os detalhes, pequenos pezinhos para dar beijinhos, amamentar, dar banho, cuidar, passeios no parque. Ter um ser vivo meu e só para mim durante 3 meses. Quero muito.
Resumindo. Está tudo bem, está tudo calmo. A vida correr e vou passando mais uma fase, mais uma experiência.
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