segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dias dificeis

Hoje acordei a sentir-me estranha! Como se me faltasse qualquer coisa que não sei o que é, como se me estivesse a esquecer de algo estranhamente importante!

Confesso que ainda não paguei a TV Cabo nem a conta da água, mas não me parece que seja isso que me esteja a esquecer, até porque não me esqueci, só não tive tempo ainda!

O fim-de-semana foi bom, é sempre bom termos toda a gente a paparicar-nos e a dar-nos beijinhos e a dizer como somos especiais. E eu sei que sou especial para muita gente, que faço parte da vida deles (como eles fazem parte da minha), que nos momentos bons, maus e mais ou menos eu estou cá, que acredito sempre neles e nunca duvido das suas capacidades (porque às vezes é só preciso alguém acreditar em nós para nós também acreditarmos).

Mas hoje...esta-me a escapar qualquer coisa! Tenho um sentimento latente que não estou a perceber o que é, um burburinho no coração que me está a deixar intrigada, um formigueiro geral que não me está a dar sossego nem descanso.

Claro que tenho desconfianças sobre o assunto, claro que sei o que é que ia acabar com isto muito rápido, o que é que me ia dar paz e sossego quase que instantaneamente, mas... It can't be done!

Detesto quando a minha cabeça me obriga a pensar e a tomar decisões, eu não quero tomar decisões! Eu quero aceitar as coisas como elas são, sem pensar no que podia ser, sem pensar no bom que seria, sem pensar sequer no medo que tenho que me paralisa!

É por isso que quando me dizem "B. até a mim já me estás a irritar com isto. Pára de ser mariquinhas, vai lá, faz e depois logo se vê" eu digo que não sei, que não tenho a certeza e que é melhor não fazer nada.

A questão aqui prende-se com: será que eu não tenho a certeza mesmo? Será que estou de tal maneira confusa que já não sei aquilo que sinto? E desde quando é que eu finjo que não sinto, quando estou a sentir (ou pelo menos toda gente me diz que sim)?

Ai o canecoooo...será que alguém me pode dar uma explicação sobre o que é que se passa?

Se eu fosse infinitamente dona da sabedoria o que é que eu faria? Será que seria mesmo diferente? Ou eu ia ter ainda mais medo?

Porque é que nunca sabemos se estamos a fazer o que é certo? Porque é que isto é tão confuso? Porque é que não sabemos sempre aquilo que sentimos preto no branco? Porque que é que os sentimentos tem de estar sempre numa zona cinzenta em que as linhas que o delimitam são difusas e as vezes estão apagadas?

Hoje sinto-me muito mulher (e não adoro porque perco o controlo)...com duvidas existenciais, incertezas diversas, ciumes desmedidos, vontade de fazer cenas parvas só para ouvir dizer mais uma vez que não teve importância, ser mimada para chamar a atenção e não fazer sentido literalmente nenhum...

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