quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Denial

Não sou pessoa de negar as coisas, de dizer que não aconteceu (quando aconteceu), que não foi nada assim (quando foi), que não é nada disso que o outro está a pensar (quando é), etc etc...
Simplesmente enfrento! Nem sempre corre bem! Muitas vezes mais valia ter levado com um grande pano encharcado na cara cheio de lixívia...mas mesmo assim eu confesso!

Irrita-me negarem-me as coisas quando elas estão mesmo aqui e eu as estou a ver porque uma coisa são diferentes percepções da realidade, outra coisa é dizerem-me que o que eu vi, não aconteceu! Grrrrrr...
Digam qualquer outra coisa, sejam sinceros de preferência, não vem mal nenhum ao mundo. Assumam "fiz porque...bla bla bla, disse porque XYZ", a sinceridade não diminui em nada a dignidade da pessoa, pelo contrario, só aumenta!

Ser sincero é difícil, negar é muito mais fácil (e covarde também).
E já não estou a dizer ser sincero naquela do chegar e deitar tudo cá para fora (isso fazíamos aos 15 anos - ou pelo menos eu fazia!), estou a referir-me a situações em que não há mesmo saída, não há como escapar da pergunta da outra pessoa e tem mesmo que se dizer qualquer coisa.
Eu costumo dizer que sou um livro aberto, e sou! Se me perguntarem o que quer que seja eu respondo sempre a verdade, nem que esteja a tremer por todos os lados e com o coração nas mãos, mas respondo. Ou, se a pergunta for abusiva, nego-me a responder!
Claro que hoje em dia, já não espeto a verdade na cara das pessoas, tornei-me mais difícil de ler com o tempo, consigo guardar mais aquilo que sinto e mascara-lo com uma data de personagens se achar que isso é mesmo o melhor a fazer e se me obrigarem a fazê-lo.
Mas a verdade mesmo é que não gosto de esconder, de fingir que não estou a ver, de me obrigar a ficar sossegada, gosto de dizer aquilo que sinto, gosto de me exprimir, gosto que os outros saibam com o que é que contam comigo (porque gosto de saber com o que é que conto também).


Como costumo dizer, eu não tenho uma bola de cristal em casa, se não me disserem as coisas, eu não vou adivinhar! Agora se eu perguntar, digam-me, é porque quero MESMO saber!
P.S: Geralmente, quando eu quero MESMO saber, volto a perguntar!

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