quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A olhar para 2011


Começo a pensar nos votos para 2011.

Para começar leio os votos que fiz no ano passado. No ultimo dia do ano passado eu achava que toda a minha vida passava por um sitio que desapareceu no ultimo mês, basicamente de todos os meus votos o que eu queria mais era o primeiro. Neste momento só sinto que perdi um ano inteiro, entre gosta, tenta, fica, não fica, desaparece, diz que não sabe, talvez, não mas sim, pois não sei, desiste, insiste...

Tento contrariar este sentimento, mas não está fácil. Eu sei que por mais coisas que se perca (pessoas, tempo, etc), nunca se perde a lição. Os outros deixam sempre coisas boas em nós e nós nele (ou pelo menos eu gosto muito de acreditar nisso). E admitir que este ano foi o pior desde 2003 chateia-me. Principalmente porque o faço pelo mesmo motivo...perdi tempo a dar o melhor de mim a pessoas que não queriam.

No entanto, não consigo perder a vontade de te gritar aos ouvidos "A CULPA É TUA". Eu podia ter encerrado este assunto em Fevereiro, uma simples palavra tinha sido suficiente...Não. Ainda por cima nessa altura com razão, até se podia ter acrescentado um "é ela não és tu". Mas uma silaba tinha poupado o meu ano de sofrimento, ansiedade e angustias inúteis. Não posso, no entanto, descartar-me completamente de culpa, eu também quis ficar, mas só porque não me davam respostas! De Fevereiro ao Verão tinha estado fechada para balanço, tinha aproveitado o meu Verão já mais recuperada and by now estaria óptima, já não ia parecer um desastre com pernas como agora. A crueldade disto revolta-me.

Para melhorar tudo, ainda tenho medo de entrar em 2011 a sentir-me assim. Impus um limite temporal a mim mesma, quero entrar em Janeiro limpa, nova, em paz, sozinha e pronta para alguém que realmente mereça, sem ter feridas por sarar, sem querer estar em sítios que não posso querer estar, com pessoas que não me querem. Mas sei que o destino se pode rir de mim e das minhas parvas tentativas do costume para controlar aquilo que sinto.

Portanto estive tão embrulhada em mim e nos meus sentimento parvos que não fiz mais nada. Não fiz o exame de GMAT, não comecei a estudar, descurei vezes sem contas de pessoas que adoro porque não tinha cabeça, enfim...

Tenho que deixar ir, deixar ir. Parar de me debater. Foi o que foi. Já passou. Quando conseguir ter paz, vou voltar a ser uma pessoa sentimentalmente estável e estar finalmente bem.

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