terça-feira, 23 de novembro de 2010

Do veneno...


Acho que estou a precisar de férias.
De me distrair e deixar levar por coisas novas, sítios desconhecidos e pessoas diferentes.

Não posso culpar o excesso de trabalho. Amigo de todas as horas que está aqui, firme, quando tudo o resto cai como castelos de cartas.
Aprendi há muito tempo que não se brinca com os sentimentos dos outros, não aprendemos isso todos? Aparentemente não.

Preciso de férias. E vou para Madrid. Acho que as minhas amigas me deram o melhor presente que me podiam dar, uma fuga. Não sou boa pessoa, não sou. Queria-te miserável como eu me sinto agora, a partires-te aos bocadinhos e a deixa-los entre a sala e o quarto no meio dessa tua vida vazia e sem significado nenhum. Não minto. Vamos dar um crédito à B. por isso.
Sinto-me como o senhor do Facebook. A única excepção é que eu não sou um génio...bolas!! Não faz mal porque também não quero 25b€. Não preciso, tenho o importante.

Tinha que destilar o ódio para algum lado. Numa tentativa de me sentir melhor, vale tudo certo? Provavelmente até me irei arrepender depois. Não quero saber. Está dito. E as palavras são vãs não são? Gosto de ti, adoro-te, tenho saudades tuas...não vale nada, pois não? Só mentiras!
Já disse coisas piores quando me vem este veneno todo ao de cima. Tenho que espetar o meu ferrão em algum lado!

Porque é que estão a acabar com os blogs? Eu gosto de vos ler. Acho mal. Eu gosto de ler. E podia dizer mentiras agora, mas evito. Posso estar com raiva mas mentir, nunca. Isto não é um jogo, não é uma brincadeira. Já disse isto, achei que se falasse era fácil de entender. Não é! Só entende quem quer. E a raiva não passa, e eu que sou tão boa moça. Uso pérolas e tudo. E não me interessa se o mundo está feliz, eu não estou. E o tempo também não. Não quero, já não quero. Quero que isto passe, que desapareças. Irrita-me ter de ser eu a deixar de fazer as coisas que gosto para evitar esta tortura diária. O mínimo era desapareceres-me da vista. O mínimo. Mas quem é que pode pedir mínimos a pessoas assim. Naive B. naive...

Sei de uma pessoa que se vai rir quando ler isto. Sim tu. Já não vias as minhas true colors há muito tempo. Confessa que tiveste saudades (sarcasmo). Este meu lado negro é bonitinho mesmo. Até o estou a ver aquele abanar de cabeça e o "B. sabes bem que isso não é assim. É só ressabiamento a falar". Voz pausada e calma de quem nunca perde a compostura. Um dia também eu vou ser assim. Indiferente e insensível. Um dia também eu deixarei de sentir e de me importar. O mundo vai ser tão diferente nesse dia!

E agora...publico ou não publico?!
Publico, quero lá saber. Não me sinto melhor de qualquer maneira. It's sad, really!

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