terça-feira, 25 de outubro de 2011

Homem


Não sei se vocês sentem como eu, mas há alturas em que tenho a certeza que somos mesmo animais. Racionais, mais animais.
Nos instintos mais básicos, na intuição, no medo, no cheiro...o cheiro...
Dou por mim a reagir a ele, a tentar evita-lo a força, a tapar o nariz para que ele não me invada nem me faça pular o coração. Mas é inútil! Quando eu tapo o nariz entra-me pelos poros, arrepia-me e lá volta ele, o meu pobre amigo coração a bombear o meu sangue desenfreadamente pelas veias.

Não sei se o cheiro se mistura com mais alguma coisa, nem sei que reacção química é esta, que não controlo com o meu cérebro totalmente alerta, consciente e racional. Nunca me acontece, eu consigo controlar tudo (supostamente)... Depois irrito-me, enraiveço-me, reajo mal mal às minhas próprias vulnerabilidades. Detesto-as. E não posso fazer nada, não há comprimidos mágicos para evitar esta reacção, não há palavra, acto, não há nada que possa fazer sem ser esperar. Esperar senhores!! Eu, que sou a impaciência em pessoa, tenho que esperar! Não devia estranhar, é certo, tudo isto sempre foi uma sucessão de esperas inúteis. Esta é só mais uma.

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