sábado, 9 de abril de 2011

Pequeno pensamento


@ J.'s computer


Não sei se vou conseguir transmitir aquilo que quero, mas o que me ocorreu agora foi o seguinte:

Todos temos sonhos nossos, individuais, objectivos, sítios onde gostaríamos de ir, coisas que gostaríamos de fazer. Mas a certa altura quando gostamos muito de alguém e sem se saber como nem porquê, os sonhos mudam. Sabemos que a nossa felicidade depende, já não só de nós mas também de outra pessoa e imediatamente os nossos sonhos ficam subjugados a ela.


Não me levem a mal, mas não acho que isso seja perda de individualidade, acho sim que é o curso natural das coisas, se gostamos de alguém e queremos estar com essa pessoa que também tem vontades próprias, as equações alteram-se, os sonhos mudam.


O único problema é quando percebemos que a pessoa pela qual mudamos os nossos sonhos e construimos outros (tão bonitos), não se importa com isso, não dá valor e não está disposta a mudar os dela por nós (nem pensa nisso tão pouco).

Difícil é esse sitio, onde já perdemos sonhos antigos e temos de enfrentar a realidade, e criar sonhos novos, caminhos novos por onde seguir que não passem por ali, por aquela pessoa que a certa altura escolheu que não nos queria. Difícil é saber que estamos a seguir um caminho mas ainda assim olhar para o lado, ver o caminho daquela pessoa e a pensar que podíamos não estar aqui, que éramos felizes daquele lado e deste lado não somos assim tanto. Difícil é continuar a olhar para a frente, a arrastar o peso dos sonhos desfeitos (pesam que se farta). Difícil é sorrirmos perante isso e decidirmos sem vacilar que não, não me queres na tua vida, azar o teu, eu também já não te quero na minha. Engolir o nó na garganta, o medo do que o que para a frente nos trás, olhar para o lado e ver a distancia a aumentar cada minuto que passa e pensar que, apesar de podermos correr para lá outra vez, agora não, agora já não vale a pena.


É só acreditarmos. Não vale a pena.


E depois deste pequeno momento irei estudar, indiferente ao que se passa ali ao lado. Já ali ao lado à distancia de um simples telefonema.

1 comentário: