segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O que tenho ouvido recentemente

As mulheres não conseguem largar o passado, ou pelo menos fazem-no com muito mais dificuldade que os homens. Não conseguem desistir, perceber que não dá, seguir para a frente e deixar para trás de vez, o que já remoeu tanto que já parece sopa.
Posso concordar. Não generalizo, porque não posso medir todas as mulheres pela minha bitola, que como sabem, neste assunto, se encaixa perfeitamente no estereótipo que foi feito. Portanto assumo, que é capaz de ser verdade que nos custa mais do que aos homens. Não sei se é ego, se é a veia materna de querermos salvar sempre toda a gente, mesmo quem não nos quer, se é orgulho, educação ou qualquer outra característica escondida na nossa personalidade... não sei. Sei que, tendencialmente e por observação empírica, ficamos mais tempo a remoer no que não deu, do que os homens.
No entanto, e mais uma vez, não posso de todo afirmar que eles largam o passado mais rapidamente, nem que para eles é mais fácil. Fácil é para nós (mulheres) assumirmos isso, tão fácil como dizermos que eles são todos uns filhos da mãe sem coração, comandados por testosterona, sempre atrás de um rabo de saia qualquer. Acho mais que, e ao contrario de nós, a certa altura eles optam por não pensar. Aquele exercício do "sinto isto, o que é que isto quer dizer?" ou "se calhar até estou com ciumes, mas porque?"...eles não fazem, não querem saber. Esta ali um elefante amarelo à frente deles e eles contornam o elefante, e vão contornando até o elefante desaparecer. É simplesmente pratico, branco e preto. Não dá, não vai dar, acabou. E se ainda sentes, há-de passar. Claro que o facto de a parte física deles estar muitas vezes separada do resto dos controlos emocionais também ajuda, creio eu...

A única coisa que posso aferir, e apesar de todos os comentários, é que somos diferentes. Na realidade, o tempo que demora a passar de vez da nossa vida, uma pessoa que gostamos muito e que não deu, depende de uma quantidade parva de variáveis não quantificáveis, que começa mais ou menos com definir o "passar de vez". Olhando à volta, até para relações acabadas há anos, o passar de vez é, muitas vezes, totalmente subjectivo.

Não andar para a frente, é mau. Remoer constantemente no passado, é péssimo. Obrigarmos-nos a andar para a frente à força, não é perfeito. Fingir, é estúpido. A única solução é aceitar o final, e esperar calmamente...mais cedo ou mais tarde há-de haver outra pessoa, outro sitio, outro tempo, outro amor. Um maior (medo disto!), que apague um que já foi grande enorme.

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