domingo, 21 de agosto de 2011

Viagens noutros blogs #66

Nunca o conseguiria descrever tão maravilhosamente bem...

A paz de espírito é das melhores coisas do mundo. Mas também das mais difíceis de obter. Não basta dizer: quero ter paz e tchanan: ela aparece. Aliás, arrisco-me a dizer que quando mais paz se quer, mais difícil se torna a sua realidade. A paz não advém dos outros; não surge da calmia dos que nos circundam, das relações estáveis, das pessoas equilibradas, nas conversas normais, da inexistência de problemas. Não surge do desaparecimento das doenças, dos diálogos sem ofensas, do “amor”, “querido”, “fofinho”, nas frases que empregamos. Não, nada disso. A serenidade acontece em nós. Quando nós tivermos serenos, equilibrados, estáveis. E, aí, tudo o resto pode desabar que nós, devido à nossa estabilidade, sorrimos, acatamos, absorvemos as nuvens como parte integrante do nosso ser, não nos irritamos, e seguimos, felizes, serenos. A paz de espírito não é: eu não me vou chatear. Mas sim: isso não tem importância. Acho mesmo que estas duas frases sintetizam o que a tranquilidade quer dizer: a vida é de tal forma perfeita que nada é suficientemente forte para a ferir. Mesmo, não sendo exemplar, mesmo havendo dissabores, mesmo a viagem não correndo de feição e mesmo, muitas vezes, termos que viajar à bolina porque muitos ventos estão contra nós, contra aquilo que mais queremos, ainda assim, somos felizes, porque estamos… bem. Não é, de todo, uma opção: é, claramente, uma consequência.

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