quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Trabalho e o pai!


Já estou a suavizar e a voltar ao meu "eu" pacifico, "não quero saber", "não me vou irritar"...Já estou a conseguir novamente não me importar com nada...mesmo nada!
O trabalho ocupa, dispersa atenção de coisas que não posso pensar, actua como terapia e ajuda-me. O mesmo trabalho que eu muitas vezes amaldiçoou porque me apetecia estar na praia e não estou... E eu sei que pode não ser o trabalho de sonho, mas é o meu. E eu gosto dele.
É como os pais que dizem que os filhos são isto ou aquilo e se alguém diz também saltam-lhe em cima...eu posso dizer que estou farta nos dias ímpares, eu posso rogar pragas porque não vou passar todos os dias que quero à praia, mas no final das contas, se alguém disser alguma coisa sobre o meu trabalho eu vou-me chatear com essa pessoa!!

Dizem que o trabalho engrandece e eu não posso estar mais de acordo. O mundo pode cair a minha volta, posso deitar-me e acordar a chorar, andar desesperada com coisas pessoais para tratar ou simplesmente sem qualquer concentração...mas sei que todos os dias vou ter de me arranjar e entrar aqui com a melhor cara que conseguir. É como se fosse um porto seguro quando tudo vira caos. Actua em mim, mais ou menos, como o meu pai.

Foi com ele que falei agora:
B.: Não sei se consigo almoçar no fim-de-semana porque tenho aulas de surf.
Pai: Vai estar mau tempo até ao fim de semana, a chover e tudo.
B.: Tudo bem, há surf na mesma quando chove.
Pai: Não estas a perceber, estamos a chegar ao solstício e estão a começar as marés-vivas, vai haver ondas.
B.: Exacto pai...é suposto haver ondas para fazer surf.
Pai: Vê lá mas é o que é que fazes. Depois há ondas grandes e a praia tem rochas...vê lá vê!

Confesso que adoro quando ele se preocupa comigo desta maneira. Quentinho, quentinho!! Mimada, mimada.

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