sábado, 9 de fevereiro de 2013

Medo comum

Que ela/ela faça com outras pessoas coisas que não se fez connosco.

Ouço isto em todo o lado, "fazer coisas com outra pessoa que não fez comigo". Medo comum.
Depois de pensar breves momentos sobre o assunto, acho que por mais que o medo exista, e partindo do principio que as pessoas não mudam o que são, posso dizer que se certa pessoa não fez algo connosco e vai fazer com outra, isso deve-se mais a nós do que à outra pessoa.
Se calhar, e mesmo que seja imperceptível, se não fizemos algo foi porque não quisemos, porque algo em nós impediu que isso acontecesse. Diz-me a experiência que quando queremos mesmo uma coisa, com certeza, nada fica por fazer. Nada. Mas quando não sabemos, quando há coisas a perder, nem que seja o nosso amor próprio, estamos a apenas preservarmo-nos sem dar conta. Chamem-lhe instinto.

Mas o medo existe. Mesmo que agora apenas o ouça, e não o sinta, sentiu vezes suficientes para poder falar dele.

Só fazemos o que queremos, nunca deixamos de fazer nada, por ninguém sem ser por nós. Mesmo que digamos que sim, basta cavar um bocadinho para vermos que não. No fim eu não queria, eu sabia que me ia fazer mal, eu sabia que havia coisas erradas, e não o quis fazer. Se o tivesse querido não tinha havido santo na terra que me tivesse impedido. Mas o instinto de auto preservação existe, alerta, sabe o que faz.

Digo muitas vezes a quem me questiona com isso, "when God wants to punish us, He gives us what we want".


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