quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Das coisas que eu ouço

Aquilo que sentes, a perfeição nos momentos mais banais dos dia-a-dia, o entendimento mágico, a vontade da pele, de estar, de falar, e tudo o resto que não sabes explicar, só sabes que existe, e ao qual chamas tão romanticamente, e do fundo dos teus 18 anos, de paixão, não é real.
Nada disso que sentes é real.
A "paixão" engana-nos a todos, pelo menos uma vez na vida. Ela, só ela a única,  o sentimento mais supremo que o ser humano pode ter. Olhares para uma pessoa e sentires que é mesmo isto, que está bom aqui e não precisas de mais nada...isso não existe.
Ninguém vive de paixão. Na realidade não existe paixão, não como a estás a ver, ou não para sempre pelo menos. A paixão é a tua imaginação de princesa a trabalhar, é a tua cabeça que te diz "é ele, tu sabes que é ele", e que tu escolhes acreditar. Se te guiares pela paixão só te vais magoar. Ela é quase tão boa como é má. Dá-te o que mais ninguém te pode dar, e no final deixa-te sem nada.

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